12 de nov. de 2021

Conferência SSU - 23 de novembro


No próximo dia 23/11, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência L'identité narrative en question: zones paradoxales de l'expérienceque será proferida pelo Profa. Dra. Veronica Estay Stange (Unilim)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


L’identité narrative en question: zones paradoxales de l’expérience

Centrée sur les discours de la mémoire postdictatoriale au Chili et en Argentine, cette intervention a pour objectif d’interroger le problème de l’identité collective, en mettant en évidence ses contradictions et ses points de fracture. Plus spécifiquement, il s’agira de montrer comment l’« ancrage ontologique » des « rôles thématiques » (héros, résistant ; tyran, tortionnaire) indispensables pour la construction du récit historique et judiciaire, est questionné par les micro-récits qui révèlent les complexités inhérentes aux individus qui les incarnent. Entre collaboration sous contrainte, dissidence, syndrome de Stockhom et « honte du survivant », nous chercherons à examiner la multiplicité d’« instances énonçantes » qui, en amont des actants collectifs, nous conduisent à problématiser le concept même d’« identité », et à dissocier ses différents champs de manifestation (historique, juridique, politique, intersubjectif, intime…).


*Nota biobibliográfica: Verónica Estay-Stange defendeu na Universidade Paris 8 sua tese de doutorado em literatura francesa e semiótica. Fez, a seguir, um estágio de pós-doutorado na Universidade de Luxemburgo, acerca das relações interartísticas na criação contemporânea. Juntamente com Denis Bertrand, traduziu, do espanhol para o francês, o livro La casa y el caracol. Para una semiótica del cuerpo, de Raúl Dorra (La maison et l'escargot, Paris, Hermann, 2013). Escreveu artigos, veiculados em vários periódicos, sobre a semiótica geral, a semiótica literária e das artes. Publicou em 2014 a obra Sens et musicalité. Les voix secrètes du symbolisme (Paris, Classiques Garnier). Suas pesquisas incidem sobre as relações entre semiótica, literatura e estética, ao redor do conceito de "musicalidade". 

29 de out. de 2021

Leituras GPS - 09/11

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para mais uma reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira09/11, às 14h30.

Discutiremos o texto "Rê Bordosa: forma de vida e moralização" dos professores: Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann e Prof. Dr. Jean Cristtus Portela (2012), publicado no livro "Formas de vida da mulher brasileira"A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do doutorando Adriano Pereira da Silva 

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/yab-kcnr-uce

Até lá!

Referência: 
SCHWARTZMANN, M. N.; PORTELA, J. C. Rê Bordosa: forma de vida e moralização. In: NASCIMENTO, E. M. F. dos S.; ABRIATA, V. L. R. (Orgs.). Formas de vida da mulher brasileira. Ribeirão Preto: Ed. Coruja, 2012.

18 de out. de 2021

Conferência SSU - 26 de outubro


No próximo dia 26/10, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência Ethos et intimité en discours. L’expérience paradoxale d’une enquête identitaire ouverte à la décoïncidence.que será proferida pelo Prof. Dr. Pierluigi Basso (Lyon 2)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Ethos et intimité en discours. L’expérience paradoxale d’une enquête identitaire ouverte à la décoïncidence

Notre intervention vise à caractériser de manière contrastive la présentation de soi (éthos) et la vulnérabilité du moi, l’une étant à comprendre comme l’élaboration fictive d’une image stratégique et l’autre comme la thématisation d’un ancrage irrécusable dans un corps qui revendique alors une identité. Le discours est ainsi le meilleur partenaire pour les tentations extrémistes de l’image et de l’identité et, en même temps, un démystificateur sans merci. Il aide à prédiquer des fondements subreptices des images et des identités (mythologies de l’ego), fondements qu’il ne possède pas lui-même, et à la fois il participe largement à leur déconstruction critique. Ces paradoxes créés par le discours, en qualité d’agent double, ne peuvent qu’être au cœur des tensions qui traversent et qualifient la subjectivité énonciative. Ensuite, le sens discursif a deux « chambres » d’incubation et d’éclosion du sens : l’environnement social et l’environnement psychique. Or, ces environnements ont besoin d’échanger constamment les valeurs élaborées d’un côté ou de l’autre, ce qui montre des processus d’« extériorisation » de l’intime (extime) et d’« intimisation » du sens institué publiquement (sensibilisation). Ces transpositions des valeurs et de significations sont assurées par des médiations linguistiques et des élaborations discursives, ce qui mérite alors une enquête sémiotique de l’intimité comme construction énonciative. Tout dispositif énonciatif est « allocentré » étant donné qu’il contient une structure d’adresse, ce qui suggère que même le monologue le plus intime divise des instances subjectives, en affichant ainsi une appropriation problématique de soi et une vocation à la décoincïdence. Le paradoxe est que l’intime cherche à s’approprier soi-même car il ne s’appartient pas. Mais dans ce mouvement imperfectif et inachevé, il invite aussi d’autres profils identitaires à émerger en tant que revendications d’une disponibilité de valeurs propres et « inéchangeables ».


*Nota biobibliográfica: Pierluigi Basso Fossali est professeur en Sciences du langage à l’Université Lumière Lyon 2 et directeur du laboratoire ICAR (UMR 5191) à l’ENS de Lyon. Actuellement, il est coordinateur du Séminaire International de Sémiotique à Paris, Président de l’Association Française de Sémiotique, Vice-président de la section 07-Sciences du langage au CNU. Une synthèse de ses positions théoriques est disponible dans la monographie Vers une écologie sémiotique de la culture. Perception, gestion et réappropriation du sens (Limoges, Lambert-Lucas, 2017). Ses recherches s’inscrivent à l’intérieur d’un projet de sémiotique des cultures qui vise à articuler trois approches épistémologiques : (i) l’étude des relations entre médiations linguistiques et expérience perceptive, (ii) l’analyse des stratégies énonciatives et figuratives des textes et (iii) l’attestation et la description des pratiques de création et d’interprétation d’objets culturels par rapport à des institutions de sens spécifiques (domaines). En ce sens, son projet scientifique est unitaire et se développe sans discontinuité depuis la publication du livre Il dominio dell’arte (Roma, Meltemi, 2002). Parmi les initiatives éditoriales les plus récentes, on peut rappeler la direction du numéro 206 de Langue française (2020) et du numéro 221 de Langages (2021), consacrés à une linguistique et à une sémiotique du discours programmateurs, aussi bien que la direction de l’ouvrage Créativité sémiotique et institution du sens dans la dialectique entre l’individuel et le collectif (Limoges, Pulim, 2021) et celle des Actes du Congrès de l’Association Française de Sémiotique (Lyon, 2019), (Dés)Accords. À la recherche de la différence propice (2021).

23 de set. de 2021

Leituras GPS - 05/10

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para mais uma reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira05/10, às 14h30.

Discutiremos o artigo "Semiótica e Ideologia" do Prof. Dr. Jean Cristtus Portela (2019), publicado na Revista do GelA apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do Prof. Dr. Sebastião Elias Milani (UFG).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 


Até lá!

Referência: 
PORTELA, J. C. Semiótica e Ideologia. Revista do Gel. v. 16, n. 1, p. 132-142, 2019.

20 de set. de 2021

Conferência SSU - 28 de setembro


No próximo dia 28/09, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência Buscando semiotizar a justiça: entre a força da lei e interstícios para a coexistência.que será proferida pela Profa. Dra. Elizabeth Harkot-de-La-Taille (USP)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Buscando semiotizar a justiça: entre a força da lei e interstícios para a coexistência.

Neste estudo, dedico-me a analisar e contrastar, do ponto de vista da semiótica discursiva, o percurso básico assumido por a) a Justiça Retributiva e b) a Justiça Restaurativa, tendo com focos principais o lugar e o papel de todas as partes e sanções atinentes aos polos vítima e agressor(a). Nosso sistema de justiça privilegia a lógica da retribuição, daí a colocação “Justiça Retributiva”. Se A é vítima de B, se A sofreu dor, dano ou prejuízo em consequência da ação de B, A ou seu representante podem recorrer ao Estado para buscar justiça. Justiça será feita se/quando B receber uma punição compatível com sua ação danosa a A. A punição principal varia do ressarcimento pecuniário à privação da liberdade, o encarceramento. No caso da Justiça Retributiva, ao buscar a Justiça (instituição), A delega ao Estado todo o poder sobre o que gravita em torno do conflito causado por/em torno da ação de B. O Estado se torna executor, sujeito-do-fazer por excelência, mediante os papeis de advogado e promotor, imbuídos do sistema de valor - as leis em vigor – para analisar o caso, cada parte por sua perspectiva. O juiz é o guardião do sistema axiológico, o representante do Destinador, a decidir a sanção. Ofensor e vítima, sujeitos do agir e do sofrer, inicialmente, migram para a posição de objetos do sistema e nada mais têm a dizer; podem apenas esperar a conclusão. Outro modo de se conceber justiça, para causas que não atinjam graus máximos, como o assassinato, é defendido pela Justiça Restaurativa, também referida como JR. No contexto da JR, A, a vítima quer (condição necessária, nada acontece se a vítima não o quiser) encontrar B, o ofensor, a fim de buscar entender suas motivações e as bases dessas motivações. Ao buscar a JR, A estabelece no Estado (Justiça como instituição) um coadjuvante. Mantém-se integralmente sujeito de seu percurso, podendo retirar-se da investida em contato com B a todo momento. Nesta apresentação, baseio-me, como eixo, em dois percursos reais completos em torno de roubo de um celular. O primeiro, pelos critérios da Justiça Retributiva, e o segundo, pelos da Justiça Restaurativa. Os resultados de cada um (perda de liberdade de B, no primeiro, desejo de autotransformação de B e de reparação, no segundo) orientarão e demonstrarão com clareza a pertinência da comparação e do contraste entre os tipos de justiça abordados neste estudo.


Palavras chave: sujeito semiótico; Justiça Retributiva; Justiça Restaurativa; lei da força; coexistência.


*Nota biobibliográfica: Professora Livre-Docente do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (2013), graduou-se em Letras pela mesma universidade (1986), obteve Metrado (1990) e Doutorado (1996) em Semiótica e Lingüística Geral, também pela Universidade de São Paulo, e fez pós-doutoramento junto à Université de Liège (2011-12), sob a supervisão do Prof. Jean-Marie Klinkenberg. Foi professora da PUC-SP entre 1990 e 2006. Docente da Universidade de São Paulo desde 2006, dedica-se à pesquisa nas áreas de Língua Inglesa e Semiótica, pela perspectiva teórica da Semiótica Discursiva, e atua principalmente nos temas: construção discursiva da identidade, estereótipos culturais, imagens de si, paixões e interações sociais, aspectos retóricos e papel de componentes sensíveis no processo de significação.

6 de set. de 2021

Leituras GPS - 14/09

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a quarta reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira, 14/09, às 14h30.

Discutiremos o texto "Entre sapos, princesas, corações e mentes" da obra Sentir, saber, tornar-se - Entre o Sensório e a Identidade Narrativa, de Elizabeth Harkot-de-La-Taille (2016)A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do mestrando Danilo Zamorano (FCLAr-Unesp).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/pdd-esqu-woq

Até lá!

Referência: 
HARKOT-DE-LA-TAILLE, E.“Entre sapos, princesas, corações e mentes”. In. Sentir, saber, tornar-se - Entre o Sensório e a Identidade Narrativa. São Paulo: Humanitas, 2016.

1 de set. de 2021

Minicurso: "Exercício metodológico da historiografia linguística", por Sebastião Milani (UFG).






O Grupo de Pesquisa em Semiótica (GPS), com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, câmpus de Araraquara (São Paulo, Brasil), oferecerá, nos dias 21 e 23 de setembro de 2021, das 14h00 às 18h00, o minicurso “Exercício metodológico da historiografia linguística”, que será ministrado pelo professor Dr. Sebastião Elias Milani (UFG), via Google Meet, cujo link será enviado aos inscritos posteriormente. 

As inscrições ocorrerão até o dia 17 de setembro de 2021, neste link: 



FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO


Vagas limitadas, caso ultrapasse o limite, faremos um sorteio.



Exercício metodológico da historiografia linguística


Sebastião Milani (UFG)*


Resumo: Este minicurso busca mostrar o ponto de vista dos sujeitos-falantes que participaram da construção do evento social ou do objeto estudado por meio da historiografia linguística. O objeto sempre é o texto, com sua formação conceitual e metodológica, sua enunciação e seu enunciado. O mais difícil na pesquisa linguística e historiográfica é construir o objeto a ser estudado, porque não se trata de uma obra inteira, não se trata de um livro inteiro, nem de uma vida inteira, trata-se de uma síntese constituída dos elementos conteúdo e expressão em um determinado lugar e tempo por uma subjetividade. A análise que será feita mostrará que todos os indivíduos nascem ignorantes de todos os assuntos. Esse indivíduo torna-se sujeito e cidadão em uma sociedade por meio de uma língua. Aprende determinado assunto com cidadãos mais experientes, assimila os conceitos e desenvolve seu modo particular de arranjar os textos em que expressa suas ideias. Os conceitos que usa são os que aprendeu, mas sua metodologia é uma reformulação de todas as metodologias que conheceu, por isso é diferente de todas as outras. Assim, conceitos são continuados até que deixam de existir e as metodologias são sempre rupturas, porque são subjetivas. Em um estudo historiográfico linguístico, sobretudo de textos escritos, os conceitos e a metodologia podem ser reconstituídos a partir das fontes. As fontes mais importantes geralmente estão marcadas por meio de citações e da terminologia, mas sempre existem outras, que subjazem o texto, essas que não são marcadas são tão importantes quanto as marcadas, são mais difíceis de apresentar, e revelam com muita precisão a filiação teórica do texto. Deste modo, que os conceitos de signo, que foram muitos no século XIX, estão filiados a Platão; que os conceitos de signo de Saussure e Bakhtin estão filiados ao conceito de signo de Humboldt; que o conceito de sujeito-falante de Saussure está vinculado ao conceito de cidadão-individual de Humboldt; que o conceito de sensação de Humboldt está filiado ao conceito de sensação de Condillac, que, por sua vez, está filiado ao conceito de sensação de Aristóteles e ao de Platão. O resultado desse minicurso é revelar o trabalho do linguista historiógrafo de mostrar como os textos são sempre continuidade conceitual e ruptura metodológica (MILANI, 2008): “a sobrevivência da sociedade depende da manutenção da organização que se constitui pela arrumação inflexível e opressora e que se reproduz pelos conceitos que são sempre continuados pela transmissão da língua. O ser humano se mantém como ser diferente dos outros na sociedade pela criatividade com que utiliza os conceitos que recebeu dela pelo aprendizado da língua institucionalizada. Sua criatividade é fruto de seu corpo orgânico inato e de suas experiências, que resultam no método como seu pensamento estrutura as ideias. Logo, enquanto os conceitos são sempre continuidade para a sociedade e opressão para o indivíduo, o método é sempre a forma de ruptura e seu mecanismo de libertação, juntas, continuidade e ruptura, mantém atualizados e em funcionamento todos os mecanismos de sobrevivência” (https://imago.letras.ufg.br/p/1805-metodologia).




*Sebastião Elias Milani possui graduação em Letras - Português e Francês pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis (1986 a 1989), Mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1991 a 1994), subárea Historiografia Linguística, e doutorado em Semiótica e Linguística geral, subárea Historiografia Linguística, pela Universidade de São Paulo (1996 a 2000). Atualmente é estatutário DE - classe E - Titular da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Historiografia Linguística e Teoria Semiótica, atuando principalmente nos seguintes temas na graduação em Letras: Fonologia, Morfologia, Semântica, Linguística Diacrônica e Semiótica; e, na pós-graduação em Linguística: Historiografia Linguística e Teoria Semiótica. É líder do grupo de pesquisa em Historiografia Linguística e Teoria Semiótica – IMAGO.


19 de ago. de 2021

Conferência SSU - 31/08






No próximo dia 31/8, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência L’expérience de la répétition : la réplique, le déjà-vu, l’Ersatz, que será proferida (em francês) pelo Prof. Dr. Massimo Leone (Università di Torino)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


L’expérience de la répétition : la réplique, le déjà-vu, l’Ersatz

Au cours des derniers années, la sémiotique a de plus en plus réfléchi sur l’expérience. De plus en plus, les textes, tous seuls, se montrent un cadre étroit pour le développement d’une compréhension complète du sens. L’ambition de la sémiotique était de comprendre comment le sens émerge in vivo, de la vie et de ses pratiques. Néanmoins, le passage de la sémiotique textuelle à une sémiotique de l’expérience conduit chez cette dernière à une attitude typique de la première : privilégier ce qui est nouveau, l’émergence de nouveaux signifiés, l’éveil de la créativité dans le domaine du langage. L’expérience, cependant, n’est pas seulement de la nouveauté. C’est aussi de la répétition. Il est peut-être vrai que nous ne nous baignons jamais deux fois dans le même fleuve, mais l’expérience de se baigner dans le fleuve peut être très répétitive. La conférence cherchera à développer une sémiotique de l’expérience répétitive, basée sur l’abondante littérature déjà produite sur la répétition (Umberto ECO in primis). Que se passe-t-il lorsque « nous presque faisons la même chose » ? Cette question sera répondue par rapport à trois cas paradigmatiques de l’expérience répétée : l’objet répétitif (la réplique), le temps répétitif (le déjà-vu) et l’espace répétitif (l’Ersatz).


*Nota biobibliográfica: Massimo Leone é professor titular de Semiótica e Filosofia da Linguagem na Università di Torino e professor visitante de Semiótica no Departamento de Língua Chinesa e Literatura da Universidade de Xangai. Massimo Leone é autor de doze livros e mais de quinhentos artigos sobre semiótica, estudos da religião e visualidades.

27 de mai. de 2021

Leituras GPS - 08/06

 Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a terceira reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira, 08/06, às 14h30.

Discutiremos o texto "Actantes e Atores" da obra Semiótica do Discurso, de Jacques Fontanille (2007, p. 147-153)A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta da doutoranda Josy Maria Alves de Souza (FCLAr-Unesp).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 


Até lá!

Referência: 
FONTANILLE, J. Actantes e Atores. In: Semiótica do discurso. São Paulo: Contexto, 2007.

17 de mai. de 2021

Conferência SSU - 25/05



No próximo dia 25/05, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência "Antes da pandemia: memória e identidade numa perspectiva semiótica", que será proferida pela prof.ª Dr.ª. Mariana Luz Pessoa de Barros (UFSCAR)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Antes da pandemia: memória e identidade numa perspectiva semiótica

Em termos semióticos, a pandemia chegou como um acontecimento, chegou antes que estivéssemos preparados, como indivíduos e sociedade; chegou de forma tônica, como um golpe; chegou nos retirando da passagem regular do tempo ou ainda suprimindo o espaço. Esse evento terrível e paroxístico, ao contrário das expectativas iniciais e do que se nota em discursos negacionistas, ganhou longevidade. O que acontece com a identidade quando a excepcionalidade se torna duradoura? Qual é o lugar da memória num momento como o que vivemos? Essas são algumas das questões sobre as quais procuraremos refletir nesta conferência, sem a pretensão de esgotá-las. Nosso intuito é, a partir de textos diversos, como relatos, fotografias, curtas, postagens, observar o modo como a memória de hábitos e de experiências anteriores à pandemia – e aqui retomamos as noções de memória-hábito e de imagem-lembrança (Bergson, 1896) – é reconstruída ao longo da própria pandemia e seu papel na manutenção ou dissolução de identidades.


*Nota biobibliográfica: Mariana Luz Pessoa de Barros é docente do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos e líder do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Semiótica. É mestre (2006) e doutora (2011) em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo, realizou estágio de doutoradosanduíche na Université Paris 8, e possui pósdoutorado em Linguística (2016) pela Universidade de São Paulo. Entre suas publicações, encontram-se o livro O discurso da memória: entre o sensível e o inteligível (2012) e artigos sobre semiótica, tempo, memória e autobiografía.

E-mail: maluzpessoa@gmail.com

10 de mai. de 2021

Leituras GPS - 11/05

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a nossa segunda reunião do grupo de Leituras GPS de 2021, que ocorrerá na próxima terça-feira11/05, às 14h30.

Discutiremos o último capítulo da obra "Caminhos de semiótica literária", de Denis Bertrand, intitulado "A semiótica e a literatura". A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta da mestranda Laura Miranda Zimiani (FCLAr-Unesp).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/zkp-bcpp-tgb

Até lá!

Referência: 
BERTRAND, D. A semiótica e a leitura. In: Caminhos da Semiótica Literária. São Carlos: EDUSC, 2003.

20 de abr. de 2021

Conferência SSU - 27/04




No próximo dia 27/04, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência "Semiótica da violência: hegemonia da branquitude e desumanização na cobertura policial", que será proferida pelo prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann (Unesp)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Semiótica da violência: hegemonia da branquitude e desumanização na cobertura policial

A vida – cotidiana, afetiva, psíquica, material e simbólica – das brasileiras e dos brasileiros é inteiramente atravessada pelo racismo. Esse atravessamento se reproduz de modo contínuo por práticas sociais diversas, estabilizadas nos sistemas educacional e legislativo, no cânone literário, na indústria cultural e nos meios de comunicação de massa, por exemplo, que, de modo coordenado, emolduram formas de vida e modos de existência da branquitude. Esse emolduramento produz um corte profundo na cultura, pois a prevalência de valores hegemônicos da branquitude – determinados pelo que podemos chamar de arquiformas de vida – cria um simulacro de real que exclui do campo do humano o grupo de pessoas racializadas. Nesta reflexão, partindo dessas constatações imediatas, buscaremos compreender as formas de vida da violência em alguns veículos de imprensa, que redundam, de um lado, na banalização e na naturalização da violência policial, em um processo de desumanização de pessoas racializadas, e, de outro lado, em procedimentos de sensibilização e benevolência, ligados à arquiforma de vida da branquitude.


*Nota biobibliográfica: Matheus Nogueira Schwartzmann é docente do Departamento de Estudos Linguísticos, Literários e da Educação, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Assis, e do Programa de Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa, da Unesp de Araraquara, do qual é atualmente Vice-coordenador. Atua na área de semiótica discursiva. Tradutor de diversos artigos, é autor de trabalhos sobre discurso, práticas semióticas e formas de vida, como “O retrato da chacina: estratégias de humanização no Caderno Cotidiano” (2019), “A noção de texto e os níveis de pertinência da análise semiótica” (2018), “Reflexões para uma semiótica das culturas: o caso da identidade trans” (2017) e “A noção de gênero em Semiótica” (2012), estes últimos com Jean Cristtus Portela. Organizou obras como Leitura: a circulação de discursos na contemporaneidade (2013) e Semiótica: identidade e diálogos (2012), e foi Editor da Revista do GEL (2016-2020). Foi Coordenador do GT de Semiótica da ANPOLL no biênio 2018-2020, é Secretário da Associação Brasileira de Semiótica – ABES e líder do Grupo de Pesquisa em Semiótica da Unesp (GPS-Unesp)


6 de abr. de 2021

Leituras GPS - 13/04

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a nossa primeira reunião do grupo de Leituras GPS de 2021, que ocorrerá na próxima terça-feira13/04, às 14h30.

Discutiremos o texto: "Estrutura e História" presente no livro "Sobre o sentido: ensaios semióticos", de A. J. Greimas, que contará com a apresentação do pesquisador Thiago Moreira Correa.  

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/zkp-bcpp-tgb

Até lá!

Referência: 
GREIMAS, A. J. Estrutura e História. In: GREIMAS, A. J. Sobre o sentido: ensaios semióticos; tradução de Ana Cristina Cruz Cesar [e outros] revisão técnica de Milton José Pinto. Petrópolis, Vozes, p. 97-108, 1975.

18 de mar. de 2021

Conferência com a profa. Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT) - 23/03

 



No próximo dia 23/03, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência "Narrativa de uma busca interminável: Lacunas no sujeito e na história em romances de Milton Hatoum", com a profa. Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (Universidade Federal do Tocantins), em ocasião do Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será ao vivo via YouTube e as inscrições serão feitas aqui


Narrativa de uma busca interminável: Lacunas no sujeito e na história em romances de Milton Hatoum

Dra. Luiza Helena Oliveira da Silva (UFT)*

Este trabalho analisa os romances A noite de espera (2017) e Pontos de fuga (2019), que compõem a trilogia O lugar mais sombrio, de Milton Hatoum. De natureza ficcional, tematizam o passado recente do país, imerso por anos (1964-1985) em uma ditadura. Seus personagens, transitando entre Brasília, São Paulo e Paris, são também protagonistas de movimentos de resistência política no contexto urbano e sofrem as consequências da prisão, tortura e morte aplicados aos considerados pelos militares como subversivos. Como elo entre tantas histórias que se cruzam, numa mistura de vozes que constroem uma narrativa cada vez mais polifônica, há o silêncio sobre o destino da mãe de Martim. Estratégia narrativa para postergar o desenlace e/ou projeto do autor para acentuar os vazios sobre o vivido nos anos de chumbo, é o silêncio e sua abertura para os sentidos possíveis que constroem Martim como sujeito da espera e de busca de uma verdade que demora a revelar-se. Na análise, mobilizamos estudos da literatura que tematizam a memória da ditadura e da semiótica discursiva, considerando categorias da sociossemiótica e da semiótica tensiva.


*Luiza Helena Oliveira da Silva é mestre e doutora em Letras pela Universidade Federal Fluminense e realizou estágio pós-doutoral em sociossemiótica no Centre de Recherches Politiques (CEVIPOF-CNRS) com bolsa CAPES entre 2013 e 2014. 

Docente na Universidade Federal do Tocantins (UFT), câmpus de Araguaína, atua nos cursos de Licenciatura em Letras, Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional (ProfLetras) e Programa de Pós Graduação em Letras: Ensino de Língua e Literatura (PPGL). Além disso, atuou como docente permanente do Programa de Pós-graduação Cultura e Território (PPGCult) até 2020.

Desde 2015, é coordenadora do ProfLetras/UFT. Em 2016, assumiu como editora-chefe da Revista EntreLetras (PPGL/UFT).

Membro do GT de Semiótica da ANPOLL, a pesquisadora ocupa-se, em suas pesquisas, da semiótica discursiva aplicada ao ensino de língua e literatura, da memória e da formação de professores, da semiótica do espaço, bem como da semiótica e literatura do testemunho. Ela também é membro do grupo de pesquisa SEDI (Semiótica e Discurso), da UFF, coordena o GESTO (Grupo de Estudos do Sentido ? Tocantins), na UFT e, no biênio 2017-2019, foi membro da diretoria do GELLNORTE (Grupo de Estudos Linguísticos e Literários do Norte).






1 de mar. de 2021

Sugestão de leitura: "Gêneros orais na escola" de Lúcia Teixeira

A indicação de leitura deste mês é o texto "Gêneros orais na escola" de Lúcia Teixeira. Nele, a semioticista trata de questões caras à educação, principalmente, no que diz respeito à noção de gêneros no ensino fundamental pautada na perspectiva bakhtiniana e nas contribuições da semiótica discursiva. A autora nos mostra,também, um exemplo da aplicação do conceito em sala de aula que abre possibilidades para o desenvolvimento de trabalhos que articulam atividades de expressão oral, leitura de textos e gramática.

1 de fev. de 2021

Sugestão de leitura: Relações entre expressão e conteúdo na poesia concreta

A sugestão de leitura para este mês é o artigo "Relações entre expressão e conteúdo na poesia concreta", da Juliana Di Fiori Pondian.

Revisitar as bases da teoria semiótica e sua intrínseca e permanente relação entre o conteúdo e a expressão, é essa a proposta do texto. 

Acesso pelo link: Relações entre expressão e conteúdo na poesia concreta.

1 de jan. de 2021

Sugestão de leitura: Veridicção e paixão na práxis enunciativa

A indicação de leitura para o mês de janeiro de 2021 é o texto “Veridicção e paixão na práxis enunciativa” de Arnaldo Cortina. Nele, o autor busca mostrar como os procedimentos discursivos da veridicção e da paixão constituem a práxis enunciativa, analisando tanto um texto verbal – o conto “O cônego ou a metafísica do estilo” de Machado de Assis – quanto um texto sincrético – um  anúncio publicitário da cerveja Nova Schin. Apesar de esses textos apresentarem objetivos diferentes, seus recursos veridictórios e passionais são semelhantes. 

O texto apresenta a dinamicidade das correlações entre os diferentes patamares do percurso gerativo de sentido, colocando a enunciação como determinante das instâncias sêmio-narrativas e, ao mesmo tempo, por elas determinada.

Link de acesso: "Veridicção e paixão na práxis enunciativa" .