24 de nov. de 2020

Conferência com Maria Giulia Dondero - 03/12

No próximo dia 03/12, quinta-feira, às 14h30, teremos a conferência "La généalogie des formes de Focillon et Wanburg à lá Computer Vision: le problème de la segmentation de l' image", de Maria Giulia Dondero (Université de Liège/FNRS), no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e as inscrições aqui

Seguem os resumos da conferência e uma nota biobibliográfica sobre Maria Giulia Dondero:

La généalogie des formes de Focillon et Warburg à la Computer Vision. Le problème de la segmentation de l’image

Maria Giulia Dondero (Fonds National de la Recherche Scientifique/ Université de Liège)

Cette conférence porte sur deux problèmes épineux: l’analyse diachronique des formes visuelles et la segmentation du langage visuel. Comment segmenter une image ? Cette question a été posée pour la première fois par Roland Barthes dans les années 1960 dans ses articles sur la photographie, par Emile Benveniste dans « La sémiologie de la langue » (1969) et ensuite par d’autres théoriciens du visuel. Ce problème se représente aujourd’hui dans la Computer Vision et dans les méthodes automatiques de traitement de l’image. 

Cette conférence abordera la relation entre les approches contemporaines de la vision par ordinateur et la généalogie des formes visuelles dans l'histoire de l'art telle que conçue par Aby Warburg (Atlas Mnemosyne, 1924-1929), et Henri Focillon (La vie des formes, 1934). Les projets de Warburg et de Focillon sont restés inachevés en raison de la difficulté à détecter des modèles dans les œuvres des musées et des collections, qui étaient à la fois dispersées géographiquement et disparates en termes de supports et de périodes couvertes. La numérisation croissante des œuvres d'art, la disponibilité de bases de données en ligne et le traitement informatique de grands corpus d'images rendent désormais ces projets techniquement réalisables. Nous allons à ce propos examiner certains projets de recherche en cours aux États-Unis et en Europe qui font revivre les projets ambitieux et exigeants de Warburg et de Focillon, notamment le projet Media Visualization des « Cultural Analytics » dirigés par Lev Manovich, et le projet Replica du Digital Humanities Lab de l'EPFL. 

Nota bio-bibliográfica

 Maria Giulia Dondero é pesquisadora sênior do Fundo Nacional de Pesquisa Científica (F.R.S.-FNRS) e leciona semiótica visual na Universidade de Liège.

Ela é autora de quatro livros: Les langages de l’image. De la peinture aux Big Visual Data (Hermann, Paris, 2020); Des images à problèmes. Le sens du visuel à l’épreuve de l’image scientifique (com J. Fontanille, Pulim, 2012), traduzido para o inglês: The Semiotic Challenge of Scientific Images. A Test Case for Visual Meaning (Legas Publishing, 2014); Sémiotique de la photographie (com P. Basso Fossali, Pulim, 2011) e Le sacré dans l’image photographique. Études sémiotiques (Paris, 2009).

Publicou cerca de 100 artigos em francês, italiano, inglês, alguns deles traduzidos para os idiomas: português, espanhol e polonês. Editou cerca de vinte obras coletivas e números de periódicos especiais sobre fotografia, imagem científica e teoria da imagem, mais recentemente: Les Discours syncrétiques. Poésie visuelle, bande dessinée, graffitis (Presses universitaires de Liège, 2019, avec S. Badir et F. Provenzano), L’image peut-elle nier ? (Presses universitaires de Liège, 2016, avec S. Badir) e Les plis du visuel. Réflexivité et énonciation dans l’image (Lambert Lucas, 2017, avec A. Beyaert-Geslin et A. Moutat).

Ela é co-fundadora e diretora da revista Signata Annales des sémiotiques / Annals of Semiotics e co-diretora da coleção Sigilla.

Foi professora visitante em várias universidades, incluindo a UNESP (São Paulo), Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) da Cidade do México, Panthéon-Assas University, Paris e na Celsa Sorbonne University. 

Também é Secretária Geral da International Association for Visual Semiotics (IAVS) desde 2015 e Vice-Presidente da Association Française de Sémiotique (AFS).

Grande parte de seu trabalho está disponível em acesso aberto neste endereço:https://frs-fnrs.academia.edu/MariaGiuliaDondero



20 de nov. de 2020

Leituras GPS -26/11

 Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a próxima reunião do grupo de Leituras GPS, que ocorrerá na próxima quinta-feira, 26/11, às 14h30.

Discutiremos o texto: "Les discours syncrétiques: Sur les rapports entre totalité et parties " de  Maria Giulia Dondero, que contará com a introdução da doutoranda Flávia Furlan.  
Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós clicando aqui.

Até lá!

Referência: 

DONDERO, M. G. Les discours syncrétiques: Sur les rapports entre totalité et parties. In: BADIR, Sémir; DONDERO, Maria Giulia; PROVENZANO, François (org.). Les discours syncrétiques. Liège: Presses Universitaires de Liège, 2019. p. 13-29. 

9 de nov. de 2020

Conferência com Juliana Di Fiori Pondian - 19/11

No próximo dia 19/11, quinta-feira, às 14h30, teremos a conferência "Da letra ao livro: Uma abordagem grafemática", de Juliana Di Fiori Pondian (USP/Fapesp), no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e as inscrições aqui

Segue o resumo de nossa conferência e a biografia de Juliana Di Fiori Pondian: 

RESUMO: 

DA LETRA AO LIVRO: UMA ABORDAGEM GRAFEMÁTICA

Na tradição dos estudos linguísticos, a língua escrita foi por muito tempo considerada mero sistema de representação da língua falada. No entanto, diversos objetos semióticos, sobretudo a literatura produzida desde o início do século XX (vanguardas, concretismo, espacialismo, poema/processo, etc.), vêm a todo momento desafiar esse princípio, tornando esse “sistema de representação” o próprio objeto e objetivo da composição, investindo significado na língua escrita via disposição na página, tipografia, entre outros recursos gráficos.

Diante desse panorama, discutiremos o estatuto da língua escrita no campo da linguística estrutural e da semiótica a fim de estabelecer princípios e unidades operatórias para seu estudo no âmbito de uma Teoria Grafemática. O estabelecimento dessas bases visa ao estudo do plano da expressão gráfico, a fim de abordar textos em que a materialidade da língua escrita participa ativamente na construção do sentido, desde a exploração da letra em si mesma até os modos de composição visual da página e a própria materialidade do livro enquanto objeto.

MINIBIO

Juliana Di Fiori Pondian é pesquisadora nas áreas de linguística, semiótica, tradução, poesia e literatura, com diversas publicações, cursando atualmente pós-doutorado no Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo. Tradutora de línguas clássicas e modernas, publicou em parceria com Daniel Miranda a primeira tradução brasileira do KamaSutra direta do sânscrito; e se dedica hoje à compilação de uma antologia de poesia visual, desde a antiguidade aos dias atuais, traduzida em português. Em 2018, fundou a Syrinx – Biblioteca de Invenção, editora voltada unicamente à publicação da tradução-arte, onde coordena diversos projetos associando o processo editorial à tradução da literatura experimental.


3 de nov. de 2020

Sugestão de leitura: "Bases do pensamento tensivo" de Luiz Tatit

Para novembro, nossa indicação de leitura é o texto de Luiz Tatit “Bases do pensamento tensivo”. Nele, o autor traz momentos do ingresso da semiótica tensiva no pensamento greimasiano. 

Apresenta, assim, autores que influenciaram Claude Zilberberg, principal sujeito na elaboração da tensiva, como Gisèle Brelet (musicóloga e filósofa, cujos estudos sobre tempo musical resultaram no entendimento sobre a existência de um tempo que já opera nas estruturas profundas); Ernest Cassirer (filósofo alemão que destacou a tendência à concentração, nos discursos míticos e linguísticos, em um dado ponto do conteúdo, incidindo sobre ele uma tonicidade) e Paul Valéry (a ideia de que o tempo é conhecido pela tensão e não por mudanças).   

Como se vê, vale a pena conferir o rico e esclarecedor texto de Tatit sobre Semiótica Tensiva.

Link de acesso: aqui