Queridas e queridos,
Queridas e queridos,
O livro “Perspectivas semióticas: as formas do significado teorias e críticas literárias”, uma organização de Maria do Socorro Pereira de Almeida e Ayanne Larissa Almeida de Souza, traz 11 artigos à luz da teoria semiótica e discute vários aspectos teóricos e metodológicos que contribuem com os pesquisadores da área.
Além dos 11 artigos, o livro traz a apresentação escrita
pelas organizadoras e mais duas seções: “Sobre os autores e as autoras” e “Sobre
as organizadoras”.
Há dois artigos no livro, em especial, escritos pelos professores e pós-docs do grupo GPS (Grupo de Pesquisa Semiótica):
“Mudança ou conservação: estratégias da tradução
intersemiótica” do Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann e do pós-doc. Thiago
Moreira Correa e “Entre umas e outras: Aspectos da Metalinguagem Visual” da pós-doc. Patrícia Verônica Moreira e do Prof. Dr. Jean Cristtus Portela.
O livro pode ser acessado por aqui.
A sugestão de leitura para o mês dezembro é o artigo de Maria Giulia Dondero e Marion Colas-Blaise, " O acontecimento enunciativo na semiótica da imagem".
O artigo traz a discussão dos principais elementos enunciativos em imagens, explorando o plano da expressão e seus constituintes nesse tipo de texto não verbal. Além de problematizar a semiótica tensiva proposta por Zilberberg.
O artigo pode ser acessado pelo link: O acontecimento enunciativo na semiótica da imagem.
No próximo dia 03/12, quinta-feira, às 14h30, teremos a conferência "La généalogie des formes de Focillon et Wanburg à lá Computer Vision: le problème de la segmentation de l' image", de Maria Giulia Dondero (Université de Liège/FNRS), no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e as inscrições aqui.
Seguem os resumos da conferência e uma nota biobibliográfica sobre Maria Giulia Dondero:
La généalogie des formes de Focillon et Warburg à la Computer Vision. Le problème de la segmentation de l’image
Maria Giulia Dondero (Fonds National de la Recherche Scientifique/ Université de Liège)
Cette conférence porte sur deux problèmes épineux: l’analyse diachronique des formes visuelles et la segmentation du langage visuel. Comment segmenter une image ? Cette question a été posée pour la première fois par Roland Barthes dans les années 1960 dans ses articles sur la photographie, par Emile Benveniste dans « La sémiologie de la langue » (1969) et ensuite par d’autres théoriciens du visuel. Ce problème se représente aujourd’hui dans la Computer Vision et dans les méthodes automatiques de traitement de l’image.
Cette conférence abordera la relation entre les approches contemporaines de la vision par ordinateur et la généalogie des formes visuelles dans l'histoire de l'art telle que conçue par Aby Warburg (Atlas Mnemosyne, 1924-1929), et Henri Focillon (La vie des formes, 1934). Les projets de Warburg et de Focillon sont restés inachevés en raison de la difficulté à détecter des modèles dans les œuvres des musées et des collections, qui étaient à la fois dispersées géographiquement et disparates en termes de supports et de périodes couvertes. La numérisation croissante des œuvres d'art, la disponibilité de bases de données en ligne et le traitement informatique de grands corpus d'images rendent désormais ces projets techniquement réalisables. Nous allons à ce propos examiner certains projets de recherche en cours aux États-Unis et en Europe qui font revivre les projets ambitieux et exigeants de Warburg et de Focillon, notamment le projet Media Visualization des « Cultural Analytics » dirigés par Lev Manovich, et le projet Replica du Digital Humanities Lab de l'EPFL.
Nota bio-bibliográfica
Ela é autora de quatro livros: Les
langages de l’image. De la peinture aux Big Visual Data (Hermann, Paris, 2020);
Des images à problèmes. Le sens du visuel à l’épreuve de l’image scientifique
(com J. Fontanille, Pulim, 2012), traduzido para o inglês: The Semiotic Challenge of
Scientific Images. A Test Case for Visual Meaning (Legas Publishing, 2014); Sémiotique
de la photographie (com P. Basso Fossali, Pulim, 2011) e Le sacré dans l’image
photographique. Études sémiotiques (Paris, 2009).
Publicou cerca de 100 artigos em
francês, italiano, inglês, alguns deles traduzidos para os idiomas: português,
espanhol e polonês. Editou cerca de vinte obras coletivas e números de
periódicos especiais sobre fotografia, imagem científica e teoria da imagem, mais recentemente: Les Discours syncrétiques. Poésie visuelle, bande dessinée,
graffitis (Presses universitaires de Liège, 2019, avec S. Badir et F.
Provenzano), L’image peut-elle nier ? (Presses universitaires de Liège, 2016,
avec S. Badir) e Les plis du visuel. Réflexivité et énonciation dans l’image
(Lambert Lucas, 2017, avec A. Beyaert-Geslin et A. Moutat).
Ela é co-fundadora e diretora da
revista Signata Annales des sémiotiques / Annals of Semiotics e co-diretora da
coleção Sigilla.
Foi professora visitante em várias universidades, incluindo a UNESP (São Paulo), Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) da Cidade do México, Panthéon-Assas University, Paris e na Celsa Sorbonne University.
Também é Secretária Geral da
International Association for Visual Semiotics (IAVS) desde 2015 e
Vice-Presidente da Association Française de Sémiotique (AFS).
Grande parte de seu trabalho está disponível em acesso aberto neste endereço:https://frs-fnrs.academia.edu/MariaGiuliaDondero
Queridas e queridos,
Segue o resumo de nossa conferência e a biografia de Juliana Di Fiori Pondian:
RESUMO:
DA LETRA AO LIVRO: UMA ABORDAGEM GRAFEMÁTICA
Na tradição dos estudos linguísticos, a língua escrita foi por muito tempo considerada mero sistema de representação da língua falada. No entanto, diversos objetos semióticos, sobretudo a literatura produzida desde o início do século XX (vanguardas, concretismo, espacialismo, poema/processo, etc.), vêm a todo momento desafiar esse princípio, tornando esse “sistema de representação” o próprio objeto e objetivo da composição, investindo significado na língua escrita via disposição na página, tipografia, entre outros recursos gráficos.
Diante desse panorama, discutiremos o estatuto da língua escrita no campo da linguística estrutural e da semiótica a fim de estabelecer princípios e unidades operatórias para seu estudo no âmbito de uma Teoria Grafemática. O estabelecimento dessas bases visa ao estudo do plano da expressão gráfico, a fim de abordar textos em que a materialidade da língua escrita participa ativamente na construção do sentido, desde a exploração da letra em si mesma até os modos de composição visual da página e a própria materialidade do livro enquanto objeto.
MINIBIO
Juliana Di Fiori Pondian é pesquisadora nas áreas de linguística, semiótica, tradução, poesia e literatura, com diversas publicações, cursando atualmente pós-doutorado no Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo. Tradutora de línguas clássicas e modernas, publicou em parceria com Daniel Miranda a primeira tradução brasileira do KamaSutra direta do sânscrito; e se dedica hoje à compilação de uma antologia de poesia visual, desde a antiguidade aos dias atuais, traduzida em português. Em 2018, fundou a Syrinx – Biblioteca de Invenção, editora voltada unicamente à publicação da tradução-arte, onde coordena diversos projetos associando o processo editorial à tradução da literatura experimental.
Para novembro, nossa indicação de leitura é o texto de Luiz Tatit “Bases do pensamento tensivo”. Nele, o autor traz momentos do ingresso da semiótica tensiva no pensamento greimasiano.
Apresenta, assim, autores que influenciaram Claude Zilberberg, principal sujeito na elaboração da tensiva, como Gisèle Brelet (musicóloga e filósofa, cujos estudos sobre tempo musical resultaram no entendimento sobre a existência de um tempo que já opera nas estruturas profundas); Ernest Cassirer (filósofo alemão que destacou a tendência à concentração, nos discursos míticos e linguísticos, em um dado ponto do conteúdo, incidindo sobre ele uma tonicidade) e Paul Valéry (a ideia de que o tempo é conhecido pela tensão e não por mudanças).
Como se vê, vale a pena conferir o rico e esclarecedor texto de Tatit sobre Semiótica Tensiva.
Link de acesso: aqui.
No próximo dia 22/10, quinta-feira, às 14h30, teremos a conferência La réception internationale de l’œuvre d’A. J. Greimas, de Thomas Broden (Purdue University), no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e as inscrições aqui.
Segue o resumo de nossa conferência e a biografia de Thomas Broden:
Thomas Broden, Purdue University
La réception internationale de l’œuvre d’A. J. Greimas
Conférence dans le Séminaire de Sémiotique du Groupe de Recherches en Sémiotique de l'Unesp à Araraquara, São Paulo, Brésil, sous la direction du Pr Jean Cristtus Portela
22 octobre 2020 à 14h30 (horaire du Brésil) sur google Meet
Cette étude de cas dans l’histoire des sciences du langage s’inscrit dans la perspective méthodologique de l’histoire intellectuelle qui insiste tant sur les conditions sociohistoriques qui informent la création d’un nouvel usage cognitif (Müller 2003, Shapin et Schaffer 1985) que sur les modalités de sa dissémination et de sa transformation au-delà du lieu et moment de son élaboration initiale (Charle, Schriewer et Wagner 2004, Raj 2010, Secord 2004). Notre intervention analyse l’impact international d’A. J. Greimas (1917-1992) et son œuvre en étudiant des pratiques de communication, de déplacement et de traduction. Les missions scientifiques menées par le linguiste et sémioticien à l’étranger, le nombre et la provenance des étudiants étrangers inscrits dans son séminaire à Paris et la chronologie et la géographie linguistique des traductions effectuées de ses travaux aident à tracer, à évaluer et à expliquer la diffusion et le développement mondial de ses idées. Son projet a inspiré des appropriations distinctives et parfois des structures institutionnelles dans nombre de contextes culturels et linguistiques, notamment romans, anglo-américains, germaniques, slaves, lituanien et de l’Asie de l’Est. L’histoire des relations entre la France et d’autres états de même que le statut de la langue française dans chaque société influencent, favorisent ou empêchent les réponses à ses propositions. Une conclusion fait le bilan général de l’importance relative jouée par le contact personnel, le contexte sociohistorique et le statut sociolinguistique et didactique du français pour la réception mondiale de Greimas. En plus des travaux scientifiques publiées, ce travail s’appuie sur des documents archivistiques ainsi que sur nos entretiens et communications personnelles avec des traducteurs et des éditeurs, avec Greimas et ses collaborateurs et avec des spécialistes des différentes cultures étudiées.
Thomas Broden est professeur titulaire de français et de littérature comparée à Purdue University (États-Unis). Il est membre du Conseil d’administration et responsable des délégués internationaux de l’Association Française de Sémiotique et ancien Président de la Semiotic Society of America. Ses recherches portent sur la sémiotique, l’histoire de la linguistique, la littérature française moderne et la mode comme phénomène culturel. Il a dirigé la publication de la thèse de doctorat d’A. J. Greimas, La mode en 1830 (avec Françoise Ravaux-Patrick, PUF, 2000) et, avec Stéphanie Walsh Matthews, des numéros spéciaux de Semiotica nos 214 et 219 (2017) consacrés à la sémiotique romane et (post)greimassienne. Il a publié une centaine de travaux scientifiques dans des revues et des ouvrages collectifs tels que Semiotica, Historiographia linguistica, Encyclopedia of Language and Linguistics (Elsevier), American Journal of Semiotics, History of Continental Philosophy (Acumen), RSSI, Protée, Yearbook in Comparative and General Literature, International Journal of Communication, Sign Systems Studies, Escritos, Tópicos del seminario, Semiotika, Colloquia, Lituanus, EC, Cervantes, etc. Le Professeur Broden prépare actuellement une biographie intellectuelle de Greimas.
A indicação de leitura para o mês de Outubro é o Dossiê Temático "Contribuições da Semiótica e de outras teorias do texto e do discurso ao ensino", organizado por Diana Luz Pessoa de Barros, Eliane Sores de Lima e Lúcia Teixeira.
São vinte e um artigos que trazem diferentes contribuições da Semiótica discursiva, visual e didática para o cotidiano da sala de aula. Os textos abordam questões como: fake news, uso de tecnologias, transposição didática, estratégias enunciativas em obras didáticas e paradidáticas, semissimbolismo, entre outros. Todos, enfim, trazem importantes reflexões sobre a necessária aproximação entre semiótica e educação. Vale a pena conferir!
O link de acesso: Dossiê Temático.
Queridas e queridos,
Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a próxima reunião do grupo de Leitura em Semiótica da UNESP (LeSem), que ocorrerá na próxima quinta-feira, 08/10, às 14h30.
De nossos arquivos do Seminário de Semiótica da UNESP, trazemos neste Semio.cast a conferência "Entre a semiogênese e a construção identitária: reflexões semióticas", realizada em 29 de novembro de 2012, pela professora Elizabeth Harkot-de-La-Taille (USP).
Clique aqui e acesse o episódio "Entre a semiogênese e a construção identitária" pelo Spotify!
A partir de uma leitura semiótica da construção da identidade a partir do percurso de Helen Keller (1968-1980), notável personalidade intelectual do século XX, portadora de surdocegueira desde os 18 meses de idade, a fala da Profa. Elizabeth Harkot-de-La-Taille nos convida a uma reflexão sobre as origens do sentido em relação à linguagem, ao corpo e ao mundo, a partir de um diálogo crítico entre as propostas do Grupo µ, de Per Aage Brandt e as bases greimasianas e saussurianas da semiótica discursiva.
Salve, salve, queridas e queridos,
A Semiótica Francesa após 1980: entre dispersão e convergência
Carolina Lindenberg Lemos (UFC)
Esta conferência pretende apresentar argumentos que possam sustentar a hipótese que a semiótica francesa se constitui com um paradigma científico nos termos de Thomas Kuhn (1970). A partir de balizas externas como a publicação de Sémantique: dictionnaire raisonnée de la théorie du langage (1979) e o falecimento de seu fundador A. J. Greimas em 1992, estabelecemos a década de 1980 como ponto de inflexão que poderia fazer a ponte entre a fundação da disciplina e seus desdobramentos atuais. Sendo assim, propusemos a investigação das publicações de artigos e relatórios de trabalho do Grupo de Pesquisas Semiolinguísticas de Paris, encabeçado por Greimas, que vieram a público na forma dos antigos números dos Actes sémiotiques (1977-1987). O trabalho de levantamento, organização e análise transversal do corpus – em especial da série Bulletins – confirma a hipótese inicial, revelando em seu percurso não apenas os temas abordados nos seminários e ateliês, como também o funcionamento interno dos trabalhos do Grupo de Paris. A alta atividade de pesquisa num centro importante, a atração duradoura do grupo em volta de questões suficientemente inovadoras e abertas se configuram assim como elementos centrais para a confirmação da semiótica francesa como paradigma científico. Por fim, a pesquisa epi-historiográfica com o corpus gerou produtos igualmente importantes, uma vez que o material levantado e tratado constitui fonte central não apenas para o historiógrafo interessado na disciplina, mas também para os semioticistas em geral, dado o constante retorno da teoria a seus fundamentos teóricos e metodológicos.
Baixe o certificado da palestra realizada no último dia 09 de agosto, pelo Prof. Dr. Alexandre Marcelo Bueno (UPM), pelo link "Sincretismo, ponto de vista e acontecimento em reportagens sobre imigração". Os arquivos no link estão identificados com o nome do ouvinte.
A sugestão de leitura para o mês de setembro é o artigo "A noção de texto e os níveis de pertinência da análise semiótica", publicado na revista Estudos Semióticos da Usp, autoria de Matheus Nogueira Schwartzmann.
O artigo esclarece de forma didática a noção de texto na semiótica discursiva e sua relação com as teorias semióticas que emergem na contemporaneidade.
O artigo pode ser acessado pelo link:
A noção de texto e os níveis de pertinência da análise semiótica
Salve, salve, queridos amigos,
Sincretismo,
ponto de vista e acontecimento em reportagens sobre a imigração
Alexandre
Marcelo Bueno (UPM)
A imigração
contemporânea tem uma dimensão trágica que foi potencializada pelos meios de
comunicação digital. O presente trabalho em por objetivo examinar as relações
entre imagem e texto verbal em reportagens sobre um acontecimento trágico: a
morte de um pai e de sua filha durante uma tentativa de cruzarem o Rio Grande,
na fronteira entre México e EUA. Desejamos discutir o estatuto dos elementos
que constroem o impacto imagético e qual é o papel do ponto de vista para
atenuar ou acentuar determinados efeitos de sentido passionais, como a comoção
e a aflição. Para isso, recorremos a seis reportagens produzidas por diferentes
veículos jornalísticos sobre o mesmo evento (G1, DW, El País, BBC, Folha de S.
Paulo e Estadão). Esperamos, assim, contribuir para uma discussão a respeito
dos modos de representação de acontecimentos ligados à imigração e aos
imigrantes na contemporaneidade.