A indicação de leitura para o mês
de dezembro, é a obra “Semiótica: objetos e práticas” com a org. de Ivã Carlos
Lopes e Nilton Hernandes.
Sinopse:
Recém-saída do nascedouro, em
fins da década de 1960, a Semiótica foi atingida por uma verdadeira cruzada
antiestruturalista que impediu a difusão de seus métodos no âmbito das Ciências
Humanas, tanto na Europa como no Brasil. O interesse dessa teoria pela
construção do sentido nos textos verbais e não-verbais era então interpretado
como uma visão redutora de uma realidade social e psicológica mais ampla que
teria primazia sobre esses conteúdos textuais. Se as bases da semiótica de A.
J. Greimas estavam realmente fincadas em princípios estruturais, seus projetos
para o futuro eram bem outros: compreender não só a organização dos enunciados,
mas também a instância e os mecanismos da enunciação; descrever não só a razão,
mas também a emoção que acompanha os discursos; identificar valores éticos,
estéticos e políticos; desvendar as estratégias persuasivas implicadas em toda
a comunicação; analisar as atuações publicitárias e as manifestações artísticas
de um modo geral. Enfim, os projetos eram ambiciosos e, felizmente, persistiram
na pena de poucos, mas decididos, estudiosos da construção do sentido. Hoje,
com a publicação deste volume, dedicado à análise de textos mitológicos,
políticos, publicitários, literários, de filmes, canções, histórias em
quadrinhos, espetáculos de dança e até locução esportiva, temos a sensação de
que a Semiótica ressurge, madura e bem articulada, para ocupar o lugar que
sempre lhe pertenceu de direito no seio da vida social.
Informações encontradas no site da editora Contexto.