Salve, salve, querides,
Seguimos o confinamento com nossas apresentações do Seminário de Semiótica da UNESP (SSU).
Marca lá: no dia 21/05 (quinta-feira) às 14:30 - não precisa sair da cama nem tirar os pijamas, porque nosso encontro será online (clique aqui para acessar).
Seguem os resumos de nossos apresentadores:
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SEMIÓTICA E ESTUDOS LITERÁRIOS: A
CONSTITUIÇÃO DE UMA SEMIÓTICA LITERÁRIA NO BRASIL
Euzenir Francisca da Silva
Esta tese visa estudar a história da
Semiótica denominada Standard, por meio das pesquisas realizadas com a teoria
Semiótica do Discurso de Algirdas J. Greimas (1917-2002) no Brasil, observando
o protagonismo do texto literário enquanto corpus,
nas décadas de (1970 a 1980). No primeiro momento, apresentamos a metodologia para
a seleção do nosso corpus, elegemos a
princípio, revistas especializadas que atuaram como canal de comunicação entre
os pesquisadores e a sociedade, o suporte e meio de “comunicação” por onde se
divulgavam pesquisas científicas especializadas. Dentre elas citamos a Revista
Brasileira de Linguística (de 1974 a 1978), Revista Significação (1974) e
Revista BACAB (1975), posteriormente outras publicações serão analisadas. Considerando
essas revistas como o canal na época para divulgação científica da linguística
e dos trabalhos desenvolvidos pelos primeiros semioticistas nacionais. E, a
partir das análises dos artigos, fazemos as investigações das referências
bibliográficas e temáticas abordadas, extraindo dessas fontes dados sobre as
produções da época. Conforme explica o historiógrafo e professor, Batista (2019,
p.28), “a natureza de uma Historiografia Linguística, está diretamente ligada
ao (s) tipo (s) de material a partir do qual se erige”. Propomos com a tese,
fazer um estudo historiográfico sobre o contexto histórico da formação de
grupos de especialidades, produção e divulgação da semiótica no cenário
brasileiro, norteado pelo tema gerador em questão: temos uma semiótica
literária no Brasil? Segundo, Altman (2003, p.32), “o passado informa
continuamente o presente. E, se uma das tarefas da historiografia linguística é
(re)estabelecer os pressupostos (nem sempre explicitados) que os linguistas do
passado assumiram em suas práticas, bem como consequências das suas proposições
para o desenvolvimento do conhecimento produzido sobre a linguagem e as
línguas, a investigação sistemática das condições de produções passadas, de
produção e de recepção do conhecimento linguístico é um passo importante para
nosso entendimento dos traços
constitutivos da (s) ciência (s) da linguagem contemporânea (s), e de suas metodologias”,
para nossa tese, a ciência em questão é a semiótica do discurso e seu histórico
no contexto brasileiro.
Palavras-chave: Semiótica Standard;
Literatura; Historiografia.
HISTÓRIA
E EPISTEMOLOGIA DAS ESTRUTURAS ELEMENTARES
Igor Rezende Nardo
O trabalho “História e
Epistemologia das Estruturas Elementares” desenvolveu ao longo de duas bolsas
PIBIC em 2017 e 2018 um percurso histórico referente às produções teóricas no
âmbito da lógica clássica e da linguística moderna que levaram à formulação das
estruturas elementares da significação dentro da teoria semiótica de Algirdas
Julien Greimas. Nesta apresentação exporemos os trabalhos de Aristóteles e
Apuleio na época clássica e os trabalhos de Nikolai Trubetzkoy, Louis Hjelmslev
e Robert Blanché no século XX. Em seguida, abordar-se-á como a teoria semiótica
se apropriou do conceito em questão. Apresentaremos as críticas feitas ao
modelo greimasiano de estrutura elementar da significação, bem como, as
modificações realizadas pelos autores que sucederam Greimas, no caso, Jacques
Fontanille e Claude Zilberberg com a semiótica tensiva.
Palavras-chave:
Semiótica; História; Epistemologia.
PRÁTICA
DESNOTICIOSA E VERIDICÇÃO: UM ESTUDO SOBRE O SITE SENSACIONALISTA E O BLOG THE
PIAUÍ HERALD
Karina Rocha Campos
O presente trabalho teve como
objetivo analisar os elementos discursivos utilizados por um site e um blog
humorísticos cujo foco é a simulação da realidade na veiculação de notícias
falsas, o Sensacionalista e o The Piauí Herald. Tendo como base a teoria
semiótica clássica desenvolvida por Algirdas J. Greimas (1966, 1979, 1993, 2014)
e colaboradores, difundida em território nacional a partir dos estudos de José
Luiz Fiorin (1996, 2005), Diana Luz Pessoa de Barros (2002, 2005) e outros,
investigou-se como se dão os novos contratos veridictórios estabelecidos entre
enunciador e enunciatário nos textos chamados desnoticiosos, bem como os
mecanismos enunciativos que instauram neles os distintos estatutos
veridictórios de verdade, falsidade, segredo e mentira. A partir dos novos
desdobramentos da teoria presentes nos estudos de Jacques Fontanille (1987,
1999, 2008, 2015), delineou-se uma definição de gênero desnoticioso, levando em
conta a emulação de elementos do gênero jornalístico, esmiuçados por Nilton
Hernandes (2006). Foram demonstrados também os modos de incorporação do já-dito
nas desnotícias a partir dos procedimentos de intertextualidade e
interdiscursividade, essenciais à leitura dos textos escolhidos para estudo.
Por fim, o presente trabalho procurou estabilizar as formas mais recorrentes na
composição das desnotícias a partir das operações da práxis enunciativa,
presentes ainda nos estudos de Jacques Fontanille. Dessa forma, pode-se
apreender as semelhanças e diferenças de composição de ambos veículos,
inclusive no que se refere ao estilo das inteligências enunciativas responsáveis
por cada um deles.
Palavras-chave: Desnotícias; Veridicção;
Sensacionalista; The Piauí Herald.
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