12 de nov. de 2021

Conferência SSU - 23 de novembro


No próximo dia 23/11, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência L'identité narrative en question: zones paradoxales de l'expérienceque será proferida pelo Profa. Dra. Veronica Estay Stange (Unilim)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


L’identité narrative en question: zones paradoxales de l’expérience

Centrée sur les discours de la mémoire postdictatoriale au Chili et en Argentine, cette intervention a pour objectif d’interroger le problème de l’identité collective, en mettant en évidence ses contradictions et ses points de fracture. Plus spécifiquement, il s’agira de montrer comment l’« ancrage ontologique » des « rôles thématiques » (héros, résistant ; tyran, tortionnaire) indispensables pour la construction du récit historique et judiciaire, est questionné par les micro-récits qui révèlent les complexités inhérentes aux individus qui les incarnent. Entre collaboration sous contrainte, dissidence, syndrome de Stockhom et « honte du survivant », nous chercherons à examiner la multiplicité d’« instances énonçantes » qui, en amont des actants collectifs, nous conduisent à problématiser le concept même d’« identité », et à dissocier ses différents champs de manifestation (historique, juridique, politique, intersubjectif, intime…).


*Nota biobibliográfica: Verónica Estay-Stange defendeu na Universidade Paris 8 sua tese de doutorado em literatura francesa e semiótica. Fez, a seguir, um estágio de pós-doutorado na Universidade de Luxemburgo, acerca das relações interartísticas na criação contemporânea. Juntamente com Denis Bertrand, traduziu, do espanhol para o francês, o livro La casa y el caracol. Para una semiótica del cuerpo, de Raúl Dorra (La maison et l'escargot, Paris, Hermann, 2013). Escreveu artigos, veiculados em vários periódicos, sobre a semiótica geral, a semiótica literária e das artes. Publicou em 2014 a obra Sens et musicalité. Les voix secrètes du symbolisme (Paris, Classiques Garnier). Suas pesquisas incidem sobre as relações entre semiótica, literatura e estética, ao redor do conceito de "musicalidade". 

29 de out. de 2021

Leituras GPS - 09/11

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para mais uma reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira09/11, às 14h30.

Discutiremos o texto "Rê Bordosa: forma de vida e moralização" dos professores: Prof. Dr. Matheus Nogueira Schwartzmann e Prof. Dr. Jean Cristtus Portela (2012), publicado no livro "Formas de vida da mulher brasileira"A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do doutorando Adriano Pereira da Silva 

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/yab-kcnr-uce

Até lá!

Referência: 
SCHWARTZMANN, M. N.; PORTELA, J. C. Rê Bordosa: forma de vida e moralização. In: NASCIMENTO, E. M. F. dos S.; ABRIATA, V. L. R. (Orgs.). Formas de vida da mulher brasileira. Ribeirão Preto: Ed. Coruja, 2012.

18 de out. de 2021

Conferência SSU - 26 de outubro


No próximo dia 26/10, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência Ethos et intimité en discours. L’expérience paradoxale d’une enquête identitaire ouverte à la décoïncidence.que será proferida pelo Prof. Dr. Pierluigi Basso (Lyon 2)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Ethos et intimité en discours. L’expérience paradoxale d’une enquête identitaire ouverte à la décoïncidence

Notre intervention vise à caractériser de manière contrastive la présentation de soi (éthos) et la vulnérabilité du moi, l’une étant à comprendre comme l’élaboration fictive d’une image stratégique et l’autre comme la thématisation d’un ancrage irrécusable dans un corps qui revendique alors une identité. Le discours est ainsi le meilleur partenaire pour les tentations extrémistes de l’image et de l’identité et, en même temps, un démystificateur sans merci. Il aide à prédiquer des fondements subreptices des images et des identités (mythologies de l’ego), fondements qu’il ne possède pas lui-même, et à la fois il participe largement à leur déconstruction critique. Ces paradoxes créés par le discours, en qualité d’agent double, ne peuvent qu’être au cœur des tensions qui traversent et qualifient la subjectivité énonciative. Ensuite, le sens discursif a deux « chambres » d’incubation et d’éclosion du sens : l’environnement social et l’environnement psychique. Or, ces environnements ont besoin d’échanger constamment les valeurs élaborées d’un côté ou de l’autre, ce qui montre des processus d’« extériorisation » de l’intime (extime) et d’« intimisation » du sens institué publiquement (sensibilisation). Ces transpositions des valeurs et de significations sont assurées par des médiations linguistiques et des élaborations discursives, ce qui mérite alors une enquête sémiotique de l’intimité comme construction énonciative. Tout dispositif énonciatif est « allocentré » étant donné qu’il contient une structure d’adresse, ce qui suggère que même le monologue le plus intime divise des instances subjectives, en affichant ainsi une appropriation problématique de soi et une vocation à la décoincïdence. Le paradoxe est que l’intime cherche à s’approprier soi-même car il ne s’appartient pas. Mais dans ce mouvement imperfectif et inachevé, il invite aussi d’autres profils identitaires à émerger en tant que revendications d’une disponibilité de valeurs propres et « inéchangeables ».


*Nota biobibliográfica: Pierluigi Basso Fossali est professeur en Sciences du langage à l’Université Lumière Lyon 2 et directeur du laboratoire ICAR (UMR 5191) à l’ENS de Lyon. Actuellement, il est coordinateur du Séminaire International de Sémiotique à Paris, Président de l’Association Française de Sémiotique, Vice-président de la section 07-Sciences du langage au CNU. Une synthèse de ses positions théoriques est disponible dans la monographie Vers une écologie sémiotique de la culture. Perception, gestion et réappropriation du sens (Limoges, Lambert-Lucas, 2017). Ses recherches s’inscrivent à l’intérieur d’un projet de sémiotique des cultures qui vise à articuler trois approches épistémologiques : (i) l’étude des relations entre médiations linguistiques et expérience perceptive, (ii) l’analyse des stratégies énonciatives et figuratives des textes et (iii) l’attestation et la description des pratiques de création et d’interprétation d’objets culturels par rapport à des institutions de sens spécifiques (domaines). En ce sens, son projet scientifique est unitaire et se développe sans discontinuité depuis la publication du livre Il dominio dell’arte (Roma, Meltemi, 2002). Parmi les initiatives éditoriales les plus récentes, on peut rappeler la direction du numéro 206 de Langue française (2020) et du numéro 221 de Langages (2021), consacrés à une linguistique et à une sémiotique du discours programmateurs, aussi bien que la direction de l’ouvrage Créativité sémiotique et institution du sens dans la dialectique entre l’individuel et le collectif (Limoges, Pulim, 2021) et celle des Actes du Congrès de l’Association Française de Sémiotique (Lyon, 2019), (Dés)Accords. À la recherche de la différence propice (2021).

23 de set. de 2021

Leituras GPS - 05/10

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para mais uma reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira05/10, às 14h30.

Discutiremos o artigo "Semiótica e Ideologia" do Prof. Dr. Jean Cristtus Portela (2019), publicado na Revista do GelA apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do Prof. Dr. Sebastião Elias Milani (UFG).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 


Até lá!

Referência: 
PORTELA, J. C. Semiótica e Ideologia. Revista do Gel. v. 16, n. 1, p. 132-142, 2019.

20 de set. de 2021

Conferência SSU - 28 de setembro


No próximo dia 28/09, terça-feira, às 14h30, teremos a conferência Buscando semiotizar a justiça: entre a força da lei e interstícios para a coexistência.que será proferida pela Profa. Dra. Elizabeth Harkot-de-La-Taille (USP)*, no Seminário de Semiótica da Unesp (SSU). A transmissão será via YouTube e os certificados serão atribuídos via inscrição no formulário de presença, que será disponibilizado no chat durante o evento.


Buscando semiotizar a justiça: entre a força da lei e interstícios para a coexistência.

Neste estudo, dedico-me a analisar e contrastar, do ponto de vista da semiótica discursiva, o percurso básico assumido por a) a Justiça Retributiva e b) a Justiça Restaurativa, tendo com focos principais o lugar e o papel de todas as partes e sanções atinentes aos polos vítima e agressor(a). Nosso sistema de justiça privilegia a lógica da retribuição, daí a colocação “Justiça Retributiva”. Se A é vítima de B, se A sofreu dor, dano ou prejuízo em consequência da ação de B, A ou seu representante podem recorrer ao Estado para buscar justiça. Justiça será feita se/quando B receber uma punição compatível com sua ação danosa a A. A punição principal varia do ressarcimento pecuniário à privação da liberdade, o encarceramento. No caso da Justiça Retributiva, ao buscar a Justiça (instituição), A delega ao Estado todo o poder sobre o que gravita em torno do conflito causado por/em torno da ação de B. O Estado se torna executor, sujeito-do-fazer por excelência, mediante os papeis de advogado e promotor, imbuídos do sistema de valor - as leis em vigor – para analisar o caso, cada parte por sua perspectiva. O juiz é o guardião do sistema axiológico, o representante do Destinador, a decidir a sanção. Ofensor e vítima, sujeitos do agir e do sofrer, inicialmente, migram para a posição de objetos do sistema e nada mais têm a dizer; podem apenas esperar a conclusão. Outro modo de se conceber justiça, para causas que não atinjam graus máximos, como o assassinato, é defendido pela Justiça Restaurativa, também referida como JR. No contexto da JR, A, a vítima quer (condição necessária, nada acontece se a vítima não o quiser) encontrar B, o ofensor, a fim de buscar entender suas motivações e as bases dessas motivações. Ao buscar a JR, A estabelece no Estado (Justiça como instituição) um coadjuvante. Mantém-se integralmente sujeito de seu percurso, podendo retirar-se da investida em contato com B a todo momento. Nesta apresentação, baseio-me, como eixo, em dois percursos reais completos em torno de roubo de um celular. O primeiro, pelos critérios da Justiça Retributiva, e o segundo, pelos da Justiça Restaurativa. Os resultados de cada um (perda de liberdade de B, no primeiro, desejo de autotransformação de B e de reparação, no segundo) orientarão e demonstrarão com clareza a pertinência da comparação e do contraste entre os tipos de justiça abordados neste estudo.


Palavras chave: sujeito semiótico; Justiça Retributiva; Justiça Restaurativa; lei da força; coexistência.


*Nota biobibliográfica: Professora Livre-Docente do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo (2013), graduou-se em Letras pela mesma universidade (1986), obteve Metrado (1990) e Doutorado (1996) em Semiótica e Lingüística Geral, também pela Universidade de São Paulo, e fez pós-doutoramento junto à Université de Liège (2011-12), sob a supervisão do Prof. Jean-Marie Klinkenberg. Foi professora da PUC-SP entre 1990 e 2006. Docente da Universidade de São Paulo desde 2006, dedica-se à pesquisa nas áreas de Língua Inglesa e Semiótica, pela perspectiva teórica da Semiótica Discursiva, e atua principalmente nos temas: construção discursiva da identidade, estereótipos culturais, imagens de si, paixões e interações sociais, aspectos retóricos e papel de componentes sensíveis no processo de significação.

6 de set. de 2021

Leituras GPS - 14/09

Queridas e queridos,

Seguimos em confinamento e convidamos vocês para a quarta reunião de Leituras do GPS neste ano, que ocorrerá na próxima terça-feira, 14/09, às 14h30.

Discutiremos o texto "Entre sapos, princesas, corações e mentes" da obra Sentir, saber, tornar-se - Entre o Sensório e a Identidade Narrativa, de Elizabeth Harkot-de-La-Taille (2016)A apresentação do texto e a mediação do debate ficará por conta do mestrando Danilo Zamorano (FCLAr-Unesp).

Nosso encontro será online, então é só se acomodar e se juntar a nós! 

O link da reunião: meet.google.com/pdd-esqu-woq

Até lá!

Referência: 
HARKOT-DE-LA-TAILLE, E.“Entre sapos, princesas, corações e mentes”. In. Sentir, saber, tornar-se - Entre o Sensório e a Identidade Narrativa. São Paulo: Humanitas, 2016.

1 de set. de 2021

Minicurso: "Exercício metodológico da historiografia linguística", por Sebastião Milani (UFG).






O Grupo de Pesquisa em Semiótica (GPS), com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, câmpus de Araraquara (São Paulo, Brasil), oferecerá, nos dias 21 e 23 de setembro de 2021, das 14h00 às 18h00, o minicurso “Exercício metodológico da historiografia linguística”, que será ministrado pelo professor Dr. Sebastião Elias Milani (UFG), via Google Meet, cujo link será enviado aos inscritos posteriormente. 

As inscrições ocorrerão até o dia 17 de setembro de 2021, neste link: 



FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO


Vagas limitadas, caso ultrapasse o limite, faremos um sorteio.



Exercício metodológico da historiografia linguística


Sebastião Milani (UFG)*


Resumo: Este minicurso busca mostrar o ponto de vista dos sujeitos-falantes que participaram da construção do evento social ou do objeto estudado por meio da historiografia linguística. O objeto sempre é o texto, com sua formação conceitual e metodológica, sua enunciação e seu enunciado. O mais difícil na pesquisa linguística e historiográfica é construir o objeto a ser estudado, porque não se trata de uma obra inteira, não se trata de um livro inteiro, nem de uma vida inteira, trata-se de uma síntese constituída dos elementos conteúdo e expressão em um determinado lugar e tempo por uma subjetividade. A análise que será feita mostrará que todos os indivíduos nascem ignorantes de todos os assuntos. Esse indivíduo torna-se sujeito e cidadão em uma sociedade por meio de uma língua. Aprende determinado assunto com cidadãos mais experientes, assimila os conceitos e desenvolve seu modo particular de arranjar os textos em que expressa suas ideias. Os conceitos que usa são os que aprendeu, mas sua metodologia é uma reformulação de todas as metodologias que conheceu, por isso é diferente de todas as outras. Assim, conceitos são continuados até que deixam de existir e as metodologias são sempre rupturas, porque são subjetivas. Em um estudo historiográfico linguístico, sobretudo de textos escritos, os conceitos e a metodologia podem ser reconstituídos a partir das fontes. As fontes mais importantes geralmente estão marcadas por meio de citações e da terminologia, mas sempre existem outras, que subjazem o texto, essas que não são marcadas são tão importantes quanto as marcadas, são mais difíceis de apresentar, e revelam com muita precisão a filiação teórica do texto. Deste modo, que os conceitos de signo, que foram muitos no século XIX, estão filiados a Platão; que os conceitos de signo de Saussure e Bakhtin estão filiados ao conceito de signo de Humboldt; que o conceito de sujeito-falante de Saussure está vinculado ao conceito de cidadão-individual de Humboldt; que o conceito de sensação de Humboldt está filiado ao conceito de sensação de Condillac, que, por sua vez, está filiado ao conceito de sensação de Aristóteles e ao de Platão. O resultado desse minicurso é revelar o trabalho do linguista historiógrafo de mostrar como os textos são sempre continuidade conceitual e ruptura metodológica (MILANI, 2008): “a sobrevivência da sociedade depende da manutenção da organização que se constitui pela arrumação inflexível e opressora e que se reproduz pelos conceitos que são sempre continuados pela transmissão da língua. O ser humano se mantém como ser diferente dos outros na sociedade pela criatividade com que utiliza os conceitos que recebeu dela pelo aprendizado da língua institucionalizada. Sua criatividade é fruto de seu corpo orgânico inato e de suas experiências, que resultam no método como seu pensamento estrutura as ideias. Logo, enquanto os conceitos são sempre continuidade para a sociedade e opressão para o indivíduo, o método é sempre a forma de ruptura e seu mecanismo de libertação, juntas, continuidade e ruptura, mantém atualizados e em funcionamento todos os mecanismos de sobrevivência” (https://imago.letras.ufg.br/p/1805-metodologia).




*Sebastião Elias Milani possui graduação em Letras - Português e Francês pela Universidade Estadual Paulista - Campus de Assis (1986 a 1989), Mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1991 a 1994), subárea Historiografia Linguística, e doutorado em Semiótica e Linguística geral, subárea Historiografia Linguística, pela Universidade de São Paulo (1996 a 2000). Atualmente é estatutário DE - classe E - Titular da Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Historiografia Linguística e Teoria Semiótica, atuando principalmente nos seguintes temas na graduação em Letras: Fonologia, Morfologia, Semântica, Linguística Diacrônica e Semiótica; e, na pós-graduação em Linguística: Historiografia Linguística e Teoria Semiótica. É líder do grupo de pesquisa em Historiografia Linguística e Teoria Semiótica – IMAGO.