19 de jun. de 2020

Apresentações SSU - 25/06







Salve, salve, queridos amigos,

Seguimos o confinamento com nossas apresentações do Seminário de Semiótica da UNESP (SSU).
Na verdade, este será nosso último encontro deste primeiro semestre 😔😔. 
Assim, aproveitaremos para discutir o próximo 👍😉, tomando um cafezinho ☕☕ virtual e coletivo.

Venha compartilhar conosco o seu feedback!!!!

Marca lá: no dia 25/06 (quinta-feira) às 14h30min - não precisa sair da cama nem tirar os pijamas, porque nosso encontro será online (
clique aqui para acessar).

Seguem os resumos de nossos apresentadores:


A PRESENÇA E O RITMO DA ILUSTRAÇÃO NO LIVRO PARADIDÁTICO
O POETA QUE FINGIA, DE ÁLVARO CARDOSO GOMES

Flávia Furlan Granato

O presente trabalho busca explicar o gerenciamento das práticas, tanto didática quanto editorial, no que diz respeito ao ritmo e à presença da ilustração em uma obra paradidática. Os livros com ilustração, ou ainda, acompanhados de ilustração, possuem o texto verbal espacialmente predominante e autônomo do ponto de vista do sentido, porém, com a ilustração, uma nova linguagem se instaura gerando novos sentidos. Trabalho como o de diagramação, por exemplo, no nível da prática editorial, é fundamentalmente necessário, pois entre o texto e a imagem deve haver uma articulação formalmente respeitada a fim de manter um ritmo de leitura equilibrado. Nosso objetivo para esse trabalho é realizar uma análise de aproximação entre a dimensão escrita de um capítulo e sua ilustração. O livro escolhido é o paradidático infanto-juvenil, de Álvaro Cardoso Gomes, ilustração de Alexandre Camanho, da editora FTD, intitulado O poeta que fingia. A história é uma narrativa em prosa, um romance, na qual um menino chamado João Fernando conhece o poeta Fernando Pessoa e, através dessa amizade, a vida e obra do escritor português vai sendo revelada aos leitores. Para tratar tais questões, e outras ligadas ao suporte de inscrição e às propriedades formais e materiais dos textos, bem como os sentidos gerados por meio dos planos e expressão e conteúdos, nos apoiaremos nos pressupostos da semiótica discursiva, das contribuições de uma semiótica plástica e da reflexão sobre os níveis de pertinência da análise semiótica, como proposta por Jacques Fontanille, e, de outro lado, das reflexões de Gérard Genette sobre a noção de paratexto editorial.

Palavras-chave: prática semiótica; edição; enunciação didática.


ABORDAGENS DIDÁTICAS EM TORNO DOS TEXTOS SINCRÉTICOS: ENTRE METODOLOGIAS ESTRATÉGIAS PRÁTICAS
Thaís Borba Ribeiro

Nesta apresentação serão discutidas algumas estratégias didáticas em torno da semiótica visual, tendo como base o desenvolvimento de propostas metodológicas que visam a didatização do sincretismo a partir do estudo da verbovisualidade. A teoria semiótica vem avançando em direção a diferentes espaços educacionais, sendo utilizada, tradicionalmente, como modelo teórico de base em propostas de aplicação prática do percurso gerativo de sentido e, mais recentemente, como suporte de análise de textos e objetos sincréticos. Tendo em vista essa tendência, problematizaremos a questão analisando publicações e estudos acadêmicos realizados no Brasil por Pietroforti (2008), Teixeira (2008; 2009), Oliveira (2009), semioticistas que, ao publicarem manuais de análise semiótica, artigos científicos e livros didáticos e acadêmicos, traçam um percurso para a semiótica visual numa perspectiva que se atualiza à medida que deixa entrever a transitividade da teorização à prática, da cientificidade à vulgarização, da aprendizagem ao ensino, e da aplicabilidade analítica à atividade docente. Assim, desenvolvem abordagens didáticas para textos sincréticos e prospectam metodologias baseadas em estratégias de práticas de análise, variáveis e não variáveis, a depender dos gêneros e dos objetos analisados.

Palavras-chave: semiótica visual; sincretismo; prática didática; metodologia.



EM BUSCA DO SENSÍVEL NA SEMIÓTICA GREIMASIANA

Patricia Veronica Moreira


O trabalho que desenvolvemos na tese teve como objetivo principal compreender o conceito de sensível na semiótica greimasiana e pós-greimasiana pelo viés da historiografia linguística, contextualizando seu surgimento e sua permanência nos estudos semióticos mais recentes. Neste trabalho, buscamos definir o sensível como um hiperônimo e os outros conceitos circunscritos no seu campo como seus domínios, entre os quais destacamos: a corporeidade, a passionalidade e a sensibilidade. Em cada domínio, destacamos também elementos relacionados ao sensível: o corpo, o afeto, a paixão, a emoção, o contágio, a sensação, a percepção, a estesia e a estética. Para recuperar a espessura teórica desses conceitos, buscamos na historiografia linguística os princípios historiográficos de contextualização, imanência, adequação e influência, de K. Koerner (1996, 2014a), os parâmetros de cobertura, perspectiva e profundidade, bem como os tipos de componentes heurístico, hermenêutico e reconstrução-sistemática de P. Swiggers (2009, 2015), os grupos de especialidades de S. O. Murray (1994, 1998) e os horizontes de retrospecção de S. Auroux (2008). Por meio desses procedimentos, traçamos o percurso do sensível, desde suas origens em Semântica Estrutural (1966), de A. J. Greimas, até sua emergência e repercussão nas obras de J. Fontanille, E. Landowski e C. Zilberberg, que integram o período que aqui chamamos de pós-greimasiano. Depois, definimos em que medida o sensível apareceu na retórica e/ou na imanência das obras dos semioticistas escolhidos. Após ter estabelecido os desdobramentos epistemológicos do sensível, finalmente, conseguimos definir o lugar histórico e epistemológico de uma semiótica, hoje, considerada do sensível ou mais sensível, explicitando sua relevância nos estudos da linguagem.

Palavras-chave: semiótica discursiva; historiografia linguística; sensível.





Postado por

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por enviar o seu comentário! Ele será publicado em breve.