Salve, salve, queridos amigos,
Seguimos o confinamento com nossas apresentações do Seminário de Semiótica da UNESP (SSU).
Na verdade, este será
nosso último encontro deste primeiro semestre 😔😔.
Assim, aproveitaremos para discutir o próximo 👍😉, tomando um cafezinho ☕☕ virtual e coletivo.
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Marca lá: no dia 25/06 (quinta-feira) às 14h30min - não precisa sair da cama nem tirar os pijamas, porque nosso encontro será online (clique aqui para acessar).
Seguem os resumos de nossos apresentadores:
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Seguem os resumos de nossos apresentadores:
A PRESENÇA E O RITMO DA ILUSTRAÇÃO NO LIVRO
PARADIDÁTICO
O POETA QUE FINGIA, DE ÁLVARO CARDOSO
GOMES
Flávia Furlan Granato
O presente
trabalho busca explicar o gerenciamento das práticas, tanto didática quanto
editorial, no que diz respeito ao ritmo e à presença da ilustração em uma obra
paradidática. Os livros com ilustração, ou ainda, acompanhados de ilustração, possuem
o texto verbal espacialmente predominante e autônomo do ponto de vista do
sentido, porém, com a ilustração, uma nova linguagem se instaura gerando novos
sentidos. Trabalho como o de diagramação, por exemplo, no nível da prática
editorial, é fundamentalmente necessário, pois entre o texto e a imagem deve
haver uma articulação formalmente respeitada a fim de manter um ritmo de
leitura equilibrado. Nosso objetivo para esse trabalho é realizar uma análise
de aproximação entre a dimensão escrita de um capítulo e sua ilustração. O
livro escolhido é o paradidático infanto-juvenil, de Álvaro Cardoso Gomes,
ilustração de Alexandre Camanho, da editora FTD, intitulado O poeta que
fingia. A história é uma narrativa em prosa, um romance, na qual um menino
chamado João Fernando conhece o poeta Fernando Pessoa e, através dessa amizade,
a vida e obra do escritor português vai sendo revelada aos leitores. Para
tratar tais questões, e outras ligadas ao suporte de inscrição e às
propriedades formais e materiais dos textos, bem como os sentidos gerados por
meio dos planos e expressão e conteúdos, nos apoiaremos nos pressupostos da
semiótica discursiva, das contribuições de uma semiótica plástica e da reflexão
sobre os níveis de pertinência da análise semiótica, como proposta por
Jacques Fontanille, e, de outro lado, das reflexões de Gérard Genette sobre a
noção de paratexto editorial.
Palavras-chave:
prática semiótica; edição; enunciação didática.
ABORDAGENS DIDÁTICAS EM TORNO DOS TEXTOS
SINCRÉTICOS: ENTRE METODOLOGIAS ESTRATÉGIAS PRÁTICAS
Thaís
Borba Ribeiro
Nesta
apresentação serão discutidas algumas estratégias didáticas em torno da
semiótica visual, tendo como base o desenvolvimento de propostas metodológicas
que visam a didatização do sincretismo a partir do estudo da verbovisualidade.
A teoria semiótica vem avançando em direção a diferentes espaços educacionais,
sendo utilizada, tradicionalmente, como modelo teórico de base em propostas de
aplicação prática do percurso gerativo de sentido e, mais recentemente, como
suporte de análise de textos e objetos sincréticos. Tendo em vista essa
tendência, problematizaremos a questão analisando publicações e estudos
acadêmicos realizados no Brasil por Pietroforti (2008), Teixeira (2008; 2009),
Oliveira (2009), semioticistas que, ao publicarem manuais de análise semiótica,
artigos científicos e livros didáticos e acadêmicos, traçam um percurso para a
semiótica visual numa perspectiva que se atualiza à medida que deixa entrever a
transitividade da teorização à prática, da cientificidade à vulgarização, da
aprendizagem ao ensino, e da aplicabilidade analítica à atividade docente. Assim,
desenvolvem abordagens didáticas para textos sincréticos e prospectam
metodologias baseadas em estratégias de práticas de análise, variáveis e não
variáveis, a depender dos gêneros e dos objetos analisados.
Palavras-chave:
semiótica visual; sincretismo; prática didática; metodologia.
EM BUSCA DO SENSÍVEL NA SEMIÓTICA GREIMASIANA
Patricia
Veronica Moreira
O trabalho que
desenvolvemos na tese teve como objetivo principal compreender o conceito de
sensível na semiótica greimasiana e pós-greimasiana pelo viés da historiografia
linguística, contextualizando seu surgimento e sua permanência nos estudos
semióticos mais recentes. Neste trabalho, buscamos definir o sensível como um
hiperônimo e os outros conceitos circunscritos no seu campo como seus domínios,
entre os quais destacamos: a corporeidade, a passionalidade e a sensibilidade.
Em cada domínio, destacamos também elementos relacionados ao sensível: o corpo,
o afeto, a paixão, a emoção, o contágio, a sensação, a percepção, a estesia e a
estética. Para recuperar a espessura teórica desses conceitos, buscamos na
historiografia linguística os princípios historiográficos de contextualização, imanência, adequação e influência, de K. Koerner (1996, 2014a),
os parâmetros de cobertura, perspectiva e profundidade, bem como os tipos de componentes heurístico, hermenêutico
e reconstrução-sistemática de P.
Swiggers (2009, 2015), os grupos de
especialidades de S. O. Murray (1994, 1998) e os horizontes de retrospecção de S. Auroux (2008). Por meio desses
procedimentos, traçamos o percurso do sensível, desde suas origens em Semântica Estrutural (1966), de A. J.
Greimas, até sua emergência e repercussão nas obras de J. Fontanille, E.
Landowski e C. Zilberberg, que integram o período que aqui chamamos de
pós-greimasiano. Depois, definimos em que medida o sensível apareceu na
retórica e/ou na imanência das obras dos semioticistas escolhidos. Após ter
estabelecido os desdobramentos epistemológicos do sensível, finalmente,
conseguimos definir o lugar histórico e epistemológico de uma semiótica, hoje,
considerada do sensível ou mais sensível, explicitando sua relevância nos
estudos da linguagem.
Palavras-chave:
semiótica discursiva; historiografia
linguística; sensível.
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